Cap. 7 Visito a mulher da poça

   Acordei com um cheiro de água salgada como sempre. Fernanda estava no Campo de Apolo, e já estava bem. No Café da Manhã, um esqueleto veio rastejando e capengando. Eles não pareciam notar.

Ele sentou ao meu lado, o que parecia estranho. Esqueletos não têm músculos.. Dane-se. Aconteceu ou era alucinação. Ele virou sua cabeça, e o estranho é que não fiquei assustada. Parecia bem normal.

Ele virou a cabeça para minha mão, onde eu tinha minha "tatuagem".

  Ele pegou minha mão e passou o dedo esquelético na tatuagem. Foi assustador.

Ele mecheu a boca como se falasse: Não.

 Todos pararam. O tempo parou. O chão tremeu, o esqueleto apontou para a fenda que se abria. E então saltou.

  Depois, tudo voltou ao normal. Foi REALMENTE assustador.

Mas pela minha expressão, eu estava lidando aquilo como se fosse completamente normal!

   Alicia perguntou o que tinha acontecido. Larguei os talheres e limpei a boca.

 - Não estou mais com fome.

Peguei o prato e taquei o resto da comida aos cães de caça.

Fui á casa no meio do campo correndo, além de ser proibido, a não ser que sejamos chamados ou tiver acontecido algo extremamente importante como um ferimento, uma morte, uma invasão..

 - SENHOR! SENHOR! SENHOR!

- Por Zeus!! O que você quer?!

 Contei a ele sobre o esqueleto, a fenda, o tempo.. Ele arregalou os olhos e ficou calado.

Chamou Cássia e fez um sinal com a cabeça, ela assentiu. Olhou para mim e disse:

 - Serafina… Parece que.. Temos uma missão.

 Arregalei os olhos sem entender.

Eu nunca fora numa missão. 

- Desça, Serafina.

- Hãn?

- Ao porão

- Ah..

 Sabe, visitar o porão do Campo não é uma das coisas da minha lista de que eu quero muito fazer.

É perturbador. Peguei uma lanterna, bati um pouco nela e as pilhas até que funcionavam. O porão ficou mais úmido, depois começou a mudar, passou de madeira á pedra, depois a terra seca, então cheguei a uma poça da qual parecia estar quente, borbulhava e soltava vapor, como se fosse uma panela e em baixo tivesse fogo médio e eu estivesse jogando algo gelado nela.

  Cheguei mais perto, por que eu teria medo? Sou filha de Poseidon! 

Uma forma humana, porém feita de água surgiu. A água caiu dela e ela se transformou em forma sólida. Carne e osso. Ou sei lá o que ela tinha virado depois daquilo.

Ela abriu a boca, tudo se iluminou de azul e seu hálito gélido e salgado começou a falar:

- Aquela que pensa, porém não pode ver.

És uma das filhas, três com grandes tronos de poder.

Um engano que não é comum, sobre os lençóis do mar azul.

E os poderes do pai, trairão. Porém revelarão.

Quatro de uma vez, um inimigo talvez. 

Porém se for esperta, saberá quando chegar a sua vez.

 A mulher se desfez em água novamente e tudo voltou a ficar escuro.

Subi de volta e contei o que a moça d'água disse.

 Os dois ficaram espantados

Cássia disse : - Ham.. Serafina.. Talvez… seu pai.. 

- O que tem meu pai?

- Não posso dizer agora.. Você tem que escolher três pessoas para ir com você na missão no almoço. O que é daqui a 20 min.

- O que?? Arrecém tomei café!

- Serafina, você ficou lá em baixo por 3 horas.

- Verdade. - Disse o Sr. Diretor de atividades - O tempo passa mais devagar lá em baixo. É como no espaço sideral. Pode ser parecido com o que o esqueleto fez ao seu redor.

- Então vamos..